IDENTIDADE
"Identidade" reflete sobre a relação entre nossa essência interior e a máscara social que adotamos para nos conformarmos às normas e convenções sociais. Segundo Joan Fontcuberta, o rosto humano é simultaneamente o local mais íntimo e externo do sujeito, onde se entrelaçam a interioridade psicológica e as pressões da vida pública. Entretanto, em "Identidade", o rosto é distorcido, desviando-se de sua função social e política tradicional de identificação e revelação. O paradoxo se estabelece na utilização do autorretrato, que, neste contexto, não serve como uma ferramenta para enfatizar a individualidade, como é comum nas redes sociais, mas sim como um meio de explorar a dicotomia entre identidade e máscara. A série adota uma abordagem surrealista e psicanalítica para dar forma a essa dicotomia, destacando a natureza fragmentada e espectral da personagem em conflito através do uso de movimentos e sombras. ... IDENTITY "Identity" reflects on the relationship between our inner essence and the social mask we adopt to conform to social norms and conventions. According to Joan Fontcuberta, the human face is simultaneously the most intimate and external place of the subject, where psychological interiority and the pressures of public life intertwine. However, in "Identity", the face is distorted, deviating from its traditional social and political function of identification and revelation. The paradox is established in the use of the self-portrait, which, in this context, does not serve as a tool to emphasize individuality, as is common on social networks, but rather as a means of exploring the dichotomy between identity and mask. The series takes a surrealist and psychoanalytic approach to give shape to this dichotomy, highlighting the fragmented and spectral nature of the conflicted character through the use of movement and shadows.